Não vou introduzir este texto com a história e origem do TPM – Manutenção Produtiva Total, deixarei isso para os acadêmicos e historiadores.
Sou engenheiro de campo e aqui irei apresentar minha concepção do que de fato representa, na prática, a assertiva aplicabilidade desta ferramenta da qualidade.
O TPM é sustentado pelos tradicionais 8 pilares, eficientes no aumento de produtividade das companhias. Mas isto só é possível através de um simples e modesto nome: integração.
Veja abaixo a lista dos oito pilares.
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1. Manutenção da qualidade
A manutenção da qualidade é alcançada através da padronização de processos e do acompanhamento do desvio-padrão definido pela equipe de Lean 6 Sigma.
2. Manutenção planejada
A manutenção planejada é alcançada através da manutenção preventiva e preditiva, estudando os principais parâmetros do equipamento para atingir maiores MTBF – Tempo Médio Entre Falhas.
3. Manutenção autônoma
A manutenção autônoma tem o objetivo de dar responsabilidade ao operador à respeito da integridade física do equipamento que se opera, a fim de preservar as suas funções básicas.
4. Melhoria específica
A melhoria específica, por sua vez, leva em si o princípio do PDCA (nada está tão bom que não possa ser melhorado).
5. Controle de equipamentos
O controle de equipamentos traz a necessidade de se investir continuamente em tecnologia e sistemas automatizados atuais.
6. Segurança, saúde, meio ambiente
A segurança, saúde e meio ambiente se preocupam com as condições de trabalho da equipe e a sua exposição ao risco, como também do meio ambiente.
7. TPM no setor de administração
O setor administrativo também é levado em consideração, uma vez que faz parte do fluxo produtivo e econômico da empresa, e dá a eles ferramentas necessárias para redução de desperdícios de tempo e recursos materiais.
8. Treinamento e educação
E por fim, o treinamento constante dos colaboradores naquilo que se tem de maior ineficiência de mão-de-obra.
É trabalhoso conseguir atingir alta performance neste oito pontos? Sim.
É complexo? Não.
Acredito firmemente que o alvo mais complexo a ser atingido é fazer com que cada um destes oito pilares trabalhem juntos, como se fizessem parte de uma só estrutura, o que de fato fazem.
Quem acompanha meus artigos aqui já percebeu que não falo baseado no que eu acho (pois seria apenas mais uma pessoa expondo a sua opinião), mas baseado em dados estatísticos.
Analisando 3 das empresas que dei consultoria em TPM no ano de 2020, fica claro que o grande problema é de fato o mencionado acima.
Como exemplo, perceba: a empresa trabalha de forma excepcional com manutenção preditiva, gerar dados confiáveis, estuda os dados confiáveis, mas não compartilha esses dados com a operação e manutenção corretiva e preventiva.
No final do ano, temos uma pilha de relatórios extremamente eficientes, mas sem ter gerado resultado, pois faltou integração da equipe.
Outro exemplo: temos um setor de planejamento totalmente uníssono, trabalhando em total conformidade com os princípios de Gestão de Custos, Gestão de Ativos e RCM. 4
Mas por não terem compartilhado esses dados com o setor de compras, eles continuam comprando peças e serviços com empresas desqualificadas (comprovadamente em análise do MTBF dos equipamentos que estas fizeram manutenção somado a análise de causa raiz da falha).
Por fim, reafirmo a necessidade das companhias investirem tempo e dinheiro em integrar seu time.
O legal não é ter um ovo maravilhoso, nem o melhor açúcar do mundo, tampouco o leite tirado da vaca prêmio do ano, mas sim ter um bolo que faça a diretoria lamber os beiços.
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