A gestão de custos de manutenção une boas práticas de administração com os recursos ativos da sua empresa, procurando aumentar ainda mais a eficiência dos equipamentos utilizados ao longo de cada operação.
Especialmente no segmento de manutenção, a falta de domínio sobre os gastos nos processos costuma ser o principal vilão entre os gestores. Isso porque todo o erro desorganiza o caixa da empresa, isto é, ao invés de gastar 5, você gasta 7.
A partir disso, dificilmente uma empresa consegue repor essa diferenciação de custo. Ao repetir este erro muitas vezes, pode ser que seja impossível reverter para um cenário onde haja lucro.
Para evitar essas situações, veja as dicas que preparamos para você!
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O que é custo de manutenção?
O custo de manutenção é todo o gasto que envolve o processo de reparo e até mesmo de retrabalho durante as inspeções.
Entre tantas possibilidades, este tipo de custo pode ser dividido em três frentes:
- Custo Direto;
- Custo Indireto;
- Custo Induzido.
Custo Direto
O custo direto é toda a ferramenta que se mostra necessária para realizar um determinado tipo de reparo. Entre os exemplos estão as ferramentas, as peças a serem repostas e, o mais importante, o custo da mão de obra.
Entre todos os custos diretos, vale destacar o custo de mão de obra como um dos mais importantes, pois é nele que você consegue acrescentar a taxa de lucro e relacionar com o seu grau de especialização.
Custo Indireto
Já o custo indireto pode ser entendido como a depreciação de itens e o lucro cessante, quando a sua empresa para de produzir por algum motivo, como o período de lockdown que passamos na pandemia de Covid 19, por exemplo.
Custo Induzido
Por fim, o custo induzido está relacionado às falhas operacionais, ou seja, ele é a perda consequente de um erro interno. Entre os erros internos estão gastos desnecessários, multas e baixa retenção de clientes.
É aqui que entra a gestão de custos de manutenção de maneira ainda mais forte e necessária.
Como calcular custos na gestão de manutenção?
Na gestão de custos de manutenção os cálculos são os principais aliados para um gestor identificar erros e, principalmente, impor medidas paliativas de contenção de danos e de correção.
Felizmente, o cálculo não chega a ser um problema e, uma vez entendido, pode ser facilmente aplicado dentro do seu negócio.
Veja a seguir:
Cálculo Custos Indiretos
Os custos indiretos não têm um cálculo geral. Para descobri-lo, você, gestor, precisa somar os gastos ao longo do mês por conta da quebra de equipamentos ou perda de ferramentas.
Já o lucro cessante, que é o prejuízo causado pelas interrupções das atividades, ou paradas indesejadas, pode ser acrescido aos custos indiretos do seguinte modo.
Considere a média do faturamento da empresa em um dia e multiplique pelo período de inatividade da empresa:
Média do faturamento X Período de Inatividade
Dica: para um cálculo mais exato, nós recomendamos que você também adicione as despesas operacionais do trabalho no período de lucro cessante.
Cálculo Custos Induzidos
Já os custos induzidos são os mais fáceis, bastando somar todos os gastos evitáveis dentro de um período.
Por exemplo: neste mês o técnico fez uma visita técnica, passou da velocidade no rodar e recebeu uma multa. Outro dia, um contrato importante foi cancelado e o cliente não quis continuar recebendo os seus serviços.
Logo você tem que somar o valor da multa com o prejuízo de menos um contrato ativo. Ao final, depois de todos os gastos evitáveis serem somados, você terá o valor exato do Custo Induzido.
Cálculo Custos Diretos
Por outro lado, os custos diretos requerem atenção redobrada, pois ele é referente a mão de obra, peças de reposição, etc. Mas estes custos englobam, não apenas o valor bruto, mas sim o custo do processo como um todo. Vamos te explicar.
Por exemplo, para repor uma peça do estoque. O valor do gasto de reposição pode ser encontrado a partir da seguinte fórmula:
Valor unitário + Custo de Frete + Custo de Armazenamento = Custo por Reposição
É importante ter em mente que o custo de armazenamento envolve todos os fatores diretos do seu almoxarifado. Sendo assim, você acrescenta uma parte dos gastos com luz, refrigeração, valor de mão de obra etc.
Quer mais um exemplo? O custo de mão de obra precisa considerar a remuneração mais os gastos com benefícios trabalhistas multiplicado por um. Por exemplo:
Salário do colaborador x (1 + gastos com leis sociais + encargos trabalhistas)
Fique atento aos detalhes, aqui isso faz toda a diferença para você saber exatamente o que está saindo de caixa.
Gestão da manutenção: como reduzir custos?
É impossível falar sobre gestão de custos de manutenção sem citar a gestão da manutenção. Isso acontece porque ambas as estratégias são relacionadas e devem ser implementadas juntas em um negócio.
Felizmente, você consegue reduzir custos de uma forma perceptível em pouco tempo a partir de alguns cuidados, como o uso do Orçamento Base Zero (OBZ) .
Como funciona o OBZ (Orçamento Base Zero)?
O OBZ consiste na prática de estudos de aplicação dos ativos da empresa. Ao invés de considerar demandas passadas, você avalia o ativo de acordo com o atual ou futuro cenário do seu negócio.
No Orçamento Base Zero, cada área da empresa precisa detalhar e orçar de forma individual a previsão dos seus gastos para o período, planejando as despesas sem considerar o orçamento histórico
Seu principal objetivo é evitar desperdícios com custos desnecessários.
Em um outro artigo, nós listamos 12 dicas para reduzir custos de manutenção.
Caso você queira saber mais, sugerimos a leitura!
3 dicas para uma gestão de custos de manutenção eficiente
A gestão de custos de manutenção pode ser ainda mais eficiente a partir de novas implementações e a utilização de recursos extras.
Para tornar toda administração mais fácil, nós separamos 3 dicas para você colocar em prática dentro do seu negócio!
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1. Invista em tecnologia
A tecnologia está entre as principais aliadas para empresas que lidam com manutenção. O motivo é unânime: máquinas não erram.
Justamente por isso, caso seja possível, tente automatizar tarefas e deste modo veja os custos por retrabalho caírem.
2. Faça o mapeamento de custos
A estruturação é crucial para que você tenha controle sobre os custos e saiba quais passos devem ser tomados em sequência.
Ao não mapear e hierarquizar gastos, a gestão de custos de manutenção fica em voo cego.
Ao ter um apoio visual e um histórico detalhado, você vê acertos a serem repetidos, erros para evitar e melhorias para o futuro.
3. Avalie a sua necessidade
A gestão de custos pode ter regras mais gerais, especialmente na hora de calcular custos de mão de obra e peças.
Porém, no dia a dia, o sucesso dela depende da forma que é implementada dentro da empresa.
Justamente por isso, você precisa ter em mente a sua necessidade e considerar tudo, da cultura organizacional à liderança das equipes.
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