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Resistência do concreto: qual o concreto ideal para usar na obra

resistência do concreto

A resistência do concreto é essencial a qualquer empreendimento, que precisa entender qual material trará o melhor custo-benefício, levando em conta a necessidade de cada projeto. 

Por isso, preparei este artigo em que avalio a resistência do concreto e ofereço algumas dicas que vão te ajudar a identificar a melhor escolha de material para o seu projeto. 

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O que é resistência do concreto?

A NBR 6118 (ABNT, 2014b) classifica a resistência dos concretos em duas categorias: a classe I abrange concretos com resistência entre 20 e 50 MPa e a classe II entre 50 e 90 MPa, esta última contempla os concretos de alta resistência (CAR). 

O CAR está fundamentado na diminuição da porosidade através da: 



Quais as vantagens de usar um concreto de alta resistência?

As características citadas no tópico anterior permitem ao CAR uma microestrutura mais densa que leva a uma menor permeabilidade, uma maior resistência ao ataque de agentes agressivos como cloretos, CO2 e sulfatos, bem com uma resistência a abrasão mais elevada

Normalmente os CAR possuem um alto consumo de cimento Portland (CP) que acarreta em um custo unitário superior, quando comparado aos concretos convencionais (CC). 

Contudo o CAR apresenta uma redução no consumo de concreto (menor volume nas peças estruturais), na área de formas e na quantidade de armaduras, além de propiciar um concreto mais durável com diminuição no custo de manutenção da estrutura, o que pode viabilizar seu uso. 

Assim o CAR propicia inúmeras vantagens às estruturas de concreto, ensejando a solução de vários aspectos técnico-econômicos que os CC não são capazes de resolver. 

Veja também: Qualidade na construção civil: principais normas e 5 ferramentas

Como saber a resistência de concreto ideal para o projeto? 

Neste caso deve-se usar o indicador unidade de resistência (MPa-1), pois ele pode confrontar os benefícios técnico-econômicos da melhor solução (CAR ou CC). 

Para estes casos, a indicação é a utilização do CAR em peças submetidas à compressão em detrimento das peças à flexão. Com isso haverá uma eficiência no consumo de materiais por meio da maximização da resistência à compressão do CAR. 

Assim, com a utilização de CAR elementos portantes de menores dimensões são viabilizados, otimizando a distribuição do espaço arquitetônico a um menor custo quando comparados aos CC.

Viabilidade econômica de acordo com a resistência do concreto 

Usualmente o CAR é utilizado em pilares de construções, propiciando uma minoração da seção transversal, o que conduz a uma diminuição no volume de concreto, área de formas e quantidade de armaduras. Desta maneira a utilização de CAR em pilares estruturais de concreto possibilita reduções de custos devido à velocidade de execução e ganho de espaços, tendo em vista a diminuição do tamanho dos pilares. 

Em decorrência disto menores serão os esforços nas fundações, ocorrerá um melhor acabamento superficial, bem como haverá uma ampliação das áreas úteis das construções levando a uma adequada relação custo x benefício.

Estudos apontam que a utilização de CAR pode levar a uma redução no consumo de concreto de 50% e nas armaduras de até 60%, possibilitando o uso de uma menor quantidade de material para as formas, o que resulta na diminuição dos custos, viabilizando sua utilização do ponto de vista econômico. 

No que diz respeito à viabilidade econômica do CAR em pilares estruturais de concreto, tem-se um maior consumo de CP e aditivos, os quais contribuem para o aumento do custo do metro cúbico quando comparado ao CC. Todavia, como já colocado, a quantidade de CAR necessária para suportar uma mesma carga é inferior. 

Como a resistência do concreto pode ajudar na sustentabilidade

Outro aspecto a ser abordado por ocasião da utilização de CAR nas estruturas de concreto é o da sustentabilidade. Com o aumento da resistência à compressão dos concretos, menores serão as emissões de CO2 por MPa e, consequentemente, maior será a sustentabilidade. 

Neste sentido, os pesquisadores Mehta e Monteiro afirmam que a utilização de concretos mais resistentes possui a capacidade de mitigar os efeitos nocivos dos materiais de construção ao meio ambiente, onde a conservação de recursos naturais, mediante a utilização deste tipo de material, constitui-se em uma atitude sustentável.

Outro ponto a favor da sustentabilidade do CAR refere-se ao bom desempenho, na medida em que propicia uma maior durabilidade às estruturas, diminuindo o consumo de cimento por MPa de resistência à compressão. 

Assim a utilização de CAR em detrimento ao uso de CC propicia que o volume de concreto aplicado em obra seja menor, apesar de apresentar uma emissão unitária de CO2 maior, com isso ocorrerá uma diminuição das emissões totais. 

Leia também: Carbonatação do concreto: como ela ajuda na captura de CO2

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