Ah, o famoso RCM…Essa sigla tem dado o que falar ultimamente. Aliás, muito o que falar!
E de repente, algo pensado lá atrás, no século passado, surge novamente como se fosse o último refrigerante do deserto.
Mas é preciso ter muita calma nessa hora. O mundo e, obviamente, a manutenção está repleta de gurus.
Tem tido muito conhecimento sendo vendido como algo novo.
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E as pessoas “raíz” da manutenção como eu sempre irão retomar a base de toda fundamentação necessária para dizer o que precisa ser dito, sem muita pirotecnia.
Como a própria sigla RCM (Reliability-centered Maintenance) diz, estamos falando sobre Manutenção Centrada em Confiabilidade. Vejamos como os termos bailam entre si:
- Manutenção: Manter aquilo que se tem em mãos;
- Centrada: Que tem um centro, um ponto de convergência;
- Confiabilidade: A probabilidade de um item operar em condições ideais num determinado intervalo de tempo.
3 perguntas para você avaliar se está aplicando o RCM adequadamente
- Você consegue ter os seus ativos em mãos e mantê-los?
- Suas ações de manutenção convergem na forma de esforços que viabilizem o negócio?
- Você conhece a necessidade do seu processo e portanto sabe conduzir estudos que garantam a estabilidade e performance dos equipamentos, máquinas e instalações?
Sua resposta foi 3 “sins”? Parabéns: Você, mesmo sem ter se atentado, está embarcando o RCM em sua rotina.
Se faltou apenas um “sim” para as perguntas, algo precisa mudar.
Para apenas “nãos”, algo precisa começar do zero e isso costuma ser muito bom.
Afinal, o que é e como aplicar a Manutenção Centrada em Confiabilidade? Entenda de um jeito simples!
A aplicação de Manutenção Centrada em Confiabilidade cuida de obedecer procedimentos, responder perguntas e disseminar uma mentalidade de priorização.
Eu poderia falar aqui sobre Risk Priority Number, Matriz de Criticidades, FMEA, mas eu gostaria de simplificar.
Quem se aventura ao dizer que manutenção preventiva e corretiva são coisas do passado, de fato se aventura. Eu explico:
Visando alavancar e sustentar as vantagens competitivas de um negócio, a manutenção precisa ser cada vez mais pensada e repensada.
É o estratégico alimentando o tático com ações que abastecem o operacional.
Isso faz com que seja necessário entender alguns pontos:
- Planos de manutenção são vivos;
- Ativos se degradam;
- A curva da banheira existe;
- Um bom controle inicial e um LCC previamente planejado são grandes direcionadores;
- Gestão da mudança não é mais uma opção;
- Sem o mais profundo engajamento das pessoas, nada irá mudar de fato. (Ponto)
Se você pegar essa visão e minimizar toda a mística por detrás do termo RCM ou MCC, não importa o idioma: aí sim você será capaz de ver dois indicadores cantando de forma super afinada.
Com vocês, a dupla sertaneja universitária:
Confiabilidade e Disponibilidade, bem naquele trecho: “porque uma andorinha voando sozinha não faz verão!
Sucesso a todos aqueles que de maneira simples e objetiva, aplicam os conceitos, na verdade, simples, de confiabilidade.