Ontem estava ao telefone com um grande amigo, fazia tempo que não conversava com ele. Esse cara sempre foi um grande incentivador e orientador da minha carreira e como tem grande conhecimento, sempre foi uma referência, além de tudo isso, um grande e verdadeiro amigo.
Estávamos conversando sobre essa crise pandêmica que vive o mundo, mas acabamos conversando sobre a vida. Ele, atualmente, tenta levar a vida como consultor e procura viver das suas experiências e dos seus conhecimentos (que não são poucos).
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Então ele me trouxe uma angústia de como as coisas seriam pela frente, da dificuldade de arrumar mais clientes e sobre a possibilidade de se recolocar novamente no mercado como um funcionário e não como consultor, se já estava muito difícil, mesmo antes dessa situação, imagine após essas coisas acabarem.
Percebi que aquele cara, no auge da sua experiência, e com um conhecimento fantástico, espetacular, estava entrando numa zona perigosa, a tal zona de conforto.
Essa é uma situação bastante delicada porque já remete a pessoa formar diversos paradigmas: “Será que estou velho demais?” “Será que estou ultrapassado?”. Por isso, eu lhe perguntei: O que de fato você quer? Qual é teu plano de vida?
Resumindo o que ele me falou: quando fomos funcionários de grandes empresas, fomos intraempreendedores de sucesso em busca dos melhores desempenhos a nível mundial, o que nos impulsionava a sair da zona de conforto a cada desafio, afinal de contas não ficamos numa empresa por mais de 20 anos por acaso.
Agora que partimos para novos desafios, um plano seria empreender. Seja fornecendo produtos ou na prestação de serviços. Como conseguir sucesso ao longo desta jornada que é uma carreira profissional? Disse ainda, que gostaria que seu conhecimento, sua experiência, fosse realmente aproveitada para solucionar problemas das empresas e pudessem alavancar os negócios das pessoas e isso, de alguma forma, gerasse valor, tanto para as pessoas como para ele também.
Ele sempre teve uma habilidade incrível de enxergar oportunidades por onde passava e onde a grande maioria das pessoas não conseguem ver. Além de ter uma energia fora do normal para realizar as coisas que, realmente, precisam ser executadas com a maestria e a qualidade necessária, mas estava diante de uma armadilha, estava em um mindset fixo e que certamente não iria lhe proporcionar crescimento algum.
Assim, parei, refleti e o indaguei: o que você está fazendo para mudar isso? Quanto do teu tempo você está se organizando e, mostrando para as pessoas, que você tem o conhecimento que elas precisam para alavancarem seus negócios? Qual o público que você está em contato? Já parou para pensar o porquê daqueles que você está conversando não estarem te contratando?
Logo veio um turbilhão de coisas na minha cabeça. O retorno, o recomeço após essa maldita pandemia não vai ser nada fácil. Será uma inércia gigante que todos deverão vencer e as pessoas vão precisar de força, esforço e trabalho.
Será necessário sair dessa zona perigosa do conforto e ir para o desconforto. Porém, se você parar para pensar, essa região do “desconforto” é a que vai mover tudo, que vai nos fazer crescer, que vai realmente mudar o status quo e fazer-nos evoluir, quer seja como pessoa, quer seja em nossos negócios.
Precisamos ter uma atitude positiva nesse cenário, afinal de contas o que de fato muda as coisas, nesse cenário de completa mudança, são as nossas atitudes diante do que vivemos.
O que para uns é simplesmente um vírus, uma mazela que nos força a ficar em casa trancados em quarentena e que vai levar a economia mundial ao fundo do poço, pode ser a oportunidade de alavancar negócios, de pensar em coisas novas, novos modelos de venda, novas formas de trabalho, de estudo, novas formas de se relacionar, novas formas de nos aproximarmos mais da nossa família, depois de desacelerar, mesmo que obrigatoriamente nos reinventarmos para vivermos 24h integralmente juntos.
Penso que, o que de fato vai mudar nesse cenário de mudança, cada vez mais incerto, cada vez mais volátil, são as nossas atitudes diante dos problemas, nossa capacidade de ação e não ficar apenas nos lamentando ou jogando culpas para lá ou para cá.
É uma nova era e precisamos ver os problemas de maneira positiva, enxergar soluções criativas e inovadoras para sairmos bem dessas situações e ainda captando valor através das nossas soluções.
Enxergue os problemas como oportunidades, procure avaliar suas atitudes diante do cenário de dificuldades, não espere, acima de tudo aja, pois o que muda o mundo, o que muda o status quo é a ação genuína. Pensamento sem ação é apenas intenção.
Finalmente, após quase duas horas de conversa, esse meu amigo encerrou dizendo que foi muito bom falar comigo porque abriu a sua mente para alguns pontos que não estava levando em conta.
Eu que agradeci, cheio de orgulho, por poder influenciar positivamente, um cara que admiro bastante, e que tenho certeza que poderá ajudar imensamente o mundo com seu conhecimento nesses tempos que virão. Então finalizei, não precisa agradecer, somos acima de tudo AMIGOS!
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