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Segurança do Trabalho

Mapa de Risco: saiba o que é e como fazer

O mapa de risco é um documento primordial dentro das empresas, pois contribui diretamente para a área de segurança do trabalho.

No geral, o mapa de risco descreve de forma simples e didática os perigos que cada setor oferece, quais medidas devem ser tomadas para evitar acidentes e o que fazer caso ocorra alguma situação atípica.

Todas essas informações são representadas graficamente e devem estar fixadas em um local onde todos possam visualizar.

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O que é mapa de risco na manutenção?

Conforme a Portaria nº 05, de 17 de agosto de 1992, do Ministério do Trabalho e Emprego, o mapa de risco está entre os recursos obrigatórios que uma empresa deve implementar garantindo a segurança dos funcionários, especialmente em indústrias que lidam com maquinário pesado e atividades com alta periculosidade.

Seus objetivos principais também incluem facilitar a comunicação entre gestores e funcionários, disponibilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado para cada área e apresentar planos de ação e medidas de prevenção.

Tudo isso só é possível depois de fazer uma análise rigorosa de toda a empresa sem deixar de fora nenhum ambiente.

Por que o mapa de risco é importante para a segurança das pessoas e dos serviços?

Apesar de ser quase impossível evitar alguns acontecimentos, com um mapa de risco bem elaborado fica mais fácil para os gestores e funcionários saberem quais são os perigos que aquele ambiente oferece.

Ou seja, o mapa serve como uma fonte de informação onde está descrito o tipo de risco que aquela sessão oferece e o grau de intensidade, que pode ser alto, médio ou baixo.

Desta forma, as informações são utilizadas para evitar danos às pessoas que circulam naquele ambiente e também para que precauções sejam tomadas para minimizar os riscos, seja por meio de treinamentos específicos ou o uso de equipamento de proteção.

Como fazer um mapa de risco? + Exemplo 

Um mapa de risco eficaz deve mostrar de forma clara todos os riscos que um ambiente de trabalho pode oferecer. 

Para isso é preciso analisar as operações internas e considerar classificá-las de acordo com a planilha abaixo:

Tabela de classificação de riscos

Grupo 1 -VerdeGrupo 2 – VermelhoGrupo 3 – MarromGrupo 4 – AmareloGrupo 5 – Azul
Riscos FísicosRiscos QuímicosRiscos BiológicosRiscos ErgonômicosRiscos de Acidente
Ruído; Vibrações;
Radiação ionizantes;
Radiação não ionizantes;
Umidade;
Mudança de temperatura;
Mudança de pressão.
Poeira;
Névoas;
Gases;
Fumos;
Vapores;
Neblinas;
Produtos e substâncias químicas.
Bactérias;
Vírus;
Fungos;
Parasitas;
Protozoários;
Bacilos;
Micro organismos no geral.
Esforço repetitivo;
Esforço físico intenso;
Levantamento e transporte de materiais pesados;
Postura inadequada;
Ademais situações que causam sobrecarga física.
Probabilidade de incêndio ou explosão;
Alta voltagem;
Máquinas pesadas;
Ferramentas;
Queda;
Iluminação e arranjos físicos inadequados.

O mapa de risco deve conter legendas e ser de fácil compreensão para todos os funcionários.

Antes do documento ser criado, é preciso analisar cada setor de maneira rigorosa, com o propósito de identificar todos os riscos e grau de perigo que cada um deles pode oferecer.

Após ter todas essas informações em mãos, elas devem ser representadas por figuras e cores determinadas previamente.

Para explicar de forma mais didática, as figuras podem ser círculos que representam o grau de risco, que no geral tem três intensidades e cada intensidade será representada por um tamanho.

Sendo assim, os círculos pequenos devem ficar nas partes onde há baixo risco de acidentes, os círculos médios onde oferecem nível intermediário de risco e os grandes locais com alto grau de risco.

Já as cores não são escolhidas de forma aleatória e cada uma serve para identificar um tipo de risco, ou seja, a fonte do risco. 

Na tabela anterior mostramos quais são essas cores. 

Quem elabora o mapa de risco?

Este recurso obrigatório é um dos principais e mais importantes para proporcionar aos colaboradores um ambiente de trabalho seguro, independente do ramo de atividade. 

Desta forma é importante ressaltar que não é qualquer pessoa que pode elaborar o mapa de risco de uma empresa.

Segundo o item 5.16 da Norma Regulamentadora 5 (NR 5), o mapa deve ser elaborado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), juntamente com o Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).

Na NR está descrito de forma detalhada todos os passos que devem ser seguidos, além de todos os detalhes que devem constar no documento final para garantir um mapa completo.

Mapa de risco: 4 erros que você deve evitar ao elaborar

1. Não mapear todas as áreas da empresa

O mapa de risco é um documento que deve incluir todos os locais de uma empresa, portanto, quando o processo de elaboração do documento começa a ser feito é indispensável ir a todos os setores da empresa e analisar os possíveis perigos que ele oferece.

Isso inclui os escritórios, depósitos e até mesmo os banheiros e não somente a área operacional.

2. Copiar o mapa de gestões anteriores

É muito comum os gestores alegarem que os riscos da empresa não mudam e por isso basta imprimir o mapa que já está nos arquivos, mas esta atitude é errada, pois apesar de os riscos estarem ligados com as atividade, eles também são relacionados ao ambiente.

Caso tenha acontecido alguma mudança, mesmo que pequena, como reforma ou mudança de equipamento, é necessário analisar para saber se algum risco foi minimizado ou um novo surgiu com a mudança de maquinário.

3. Excluir os colaboradores na hora de recolher informações 

Na hora de recolher os dados para compor o mapa de risco, todo o time pode e deve ser uma ótima fonte de informações. Não exclua ninguém do processo.

Desta forma, torna-se essencial conversar com os grupos e equipes de trabalho para ouvir suas queixas referente a segurança e também para saber como os equipamentos funcionam, se estão sendo usados corretamente e quais riscos oferecem para eles.

4. Deixar de determinar medidas de prevenção

No documento final, não deve constar somente os riscos que os setores oferecem, mas também é preciso destacar as medidas de prevenção para que o perigo não se concretize. 

Seja com o uso de EPI ou com a criação de um método de desenvolvimento de função, o mapa de risco deve conter tudo aquilo que pode ser evitado.

Da mesma forma, devemos incluir no documento um plano de ação para caso algum acidente ocorra e, se necessário, fornecer treinamento aos funcionários de como agir em determinada situação.

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