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Gestão da Manutenção: 5 erros para evitar

Uma série de desafios, muitas metas a cumprir, orçamentos para cumprir, planos de produção por garantir, termos e situações fortemente amparados e envoltos pelas premissas da Gestão da Manutenção.

Sobre tudo, o que desejamos no fim é acertar.

Mas quando pensamos sobre onde, como e quando não podemos falhar enquanto Gestão da Manutenção.

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Quais seriam os 5 erros que não deveriam ser cometidos na sua Gestão da Manutenção?

Elegi 5 erros para que possamos fazer uma boa reflexão e traçar uma rota de correção de nossas falhas nesse processo tão estratégico na continuidade e sustentabilidade dos negócios:

1 – Falta de planejamento

A cultura de optar pelas surpresas do dia a dia fazem com que percamos a mão sobre o processo. Como somos uma área que lida diretamente com recursos, não podemos esquecer em momento algum que estes são, por sua vez, escassos e, portanto, carecem de boa utilização.

Isto se torna ainda mais relevante quando pensamos no fator tempo, já bastante limitado, se não calendarizamos de maneira linear e equilibrada nossas intervenções.

2 – Não medir o processo ou medir de forma equivocada

Temos visto muitas pessoas na Gestão da Manutenção trabalhando ao estilo roleta russa e com excesso de positividade. É o famoso “vai dar tudo certo”.

Sim, obviamente existem grandes chances de dar certo. Porém, isso acontece a partir do ponto em que nos atentamos a capturar as mais fidedignas percepções sobre o que acontece no chão de fábrica da manutenção.

Precisamos que o planejamento seja abastecido constantemente por informações que o ajudará a retroalimentar o sistema, seja qual for. Assim teremos indicadores cada vez mais reais, independente se mostram um cenário estabilizado ou caótico.

A possibilidade de intervenção, manutenção ou melhoria dos resultados, só é possível a partir daquilo que se mede. Principalmente se o que se mede, é medido e mostrado da forma correta.

Se fossemos fazer uma analogia: é possível pensar que muitas empresas têm produzido aço, minerais, alimentos, produtos químicos, medicamentos, por exemplo, e insistido no “cultivo de uma horta de melancias”, ou seja, seus indicadores são verdes por fora e vermelhos por dentro.

3 – Falta de sinergia

Sabemos que, como todo processo, a gestão da manutenção segue uma estrutura quase que padrão quando o assunto é a divisão de atribuições. Totalmente salutar estabelecer limites de bateria e clarear os papéis e responsáveis de cada um.

No entanto, criar abismos ao invés de construir pontes é um erro gravíssimo, que gera competição e rixas entre as pessoas. A culpa é da engenharia que não definiu muito bem a estratégia! A culpa é do PCM pois não zela pela tática de forma assertiva! A culpa é da execução que não exerce de forma adequada o seu papel nas frentes de serviço! A culpa é do gestor de manutenção que não sabe ter na mão a sua equipe e o seu processo!

Procuram-se culpados quando, na verdade, deveriam procurar por soluções em clima de cooperação.

4 – Não saber lidar com as pressões

Ora, se a manutenção é tida como função estratégica do negócio, natural que seja fortemente cobrada pelos resultados que gera. Afinal, quando a gestão da manutenção deixa escapar pelo ralo a confiabilidade, a disponibilidade e, principalmente, o custo de manutenção, uma vez que este último será ainda mais penalizado pelos dois anteriores, as margens de lucro da organização se comprometem de modo significativo.

Aí depois todos reclamam de cortes, ajustes e uma série de medidas adotadas pelas altas lideranças.

À medida que vou escrevendo você já deve ser capaz de enxergar que tudo está linkado, pois a falta de planejamento, sinergia, inobservância do processo e inteligência emocional para lidar com o calor daquilo que escolhemos fazer pra ganhar o pão, irá nos tornar reféns de um incêndio quase sempre incontrolável.

5 – Priorizar máquinas em detrimento de pessoas

Nada vezes nada acontece, ou irá acontecer, de positivo na Gestão da Manutenção se nos esquecermos por míseros segundos que as pessoas estão no centro e na base.

Tudo é feito por elas e para elas. Isso é muito fácil de se entender. Veja que pessoas produzem eletrodomésticos para? Pessoas!

Por exemplo: pessoas produzem minério pra que pessoas da siderurgia possam produzir aço para? Pessoas! Um RH composto por pessoas busca contratar as melhores? Pessoas!

Ou seja pessoal, se não cuidamos de trazer às nossas pessoas as melhores experiências não lhes oferecemos oportunidades de aprendizado, crescimento e feedback. Consequentemente, não teremos como gerir de maneira efetiva o que por elas é feito.

Conclusão

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A gestão da manutenção por ser uma área mais “cascuda”, ainda preserva alguns “capatazes” em seu meio. Gente que ao invés de ser líder prefere ser chefe.

Ao invés de se comunicar prefere gritar pelos corredores e intimidar gente que, de maneira digna, pula da cama todos os dias, veste uniforme, calça botina e pendura um crachá no peito.

Preferem centralizar ao invés de delegar. Preferem se omitir ao invés de estar junto. Preferem quebrar ao invés de consertar.

Nessa quebra e conserta, vamos minando pouco a pouco a esperança, a confiança e o brilho nos olhos de quem escolheu a manutenção como a sua casa fora de casa.

Espero que todos possamos acertar mais e errar menos. Ao rever nossos valores e assumir cultura de dono como premissa básica do sucesso, teremos sim uma manutenção mais forte e repleta de gente satisfeita e segura do que faz.

E acredite, é possível!

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Sobre o autor

Rodrigo Lopes

Consultor na área de manutenção, com sólida experiência em gestão e implementação de novas tecnologias. Fortemente conectado com tecnologias de suporte à produtividade, governança e gestão da manutenção de forma geral. Engenheiro de Controle e Automação e pós graduado em Engenharia de Manutenção. Atualmente é Coordenador de PCM na Anglo American.

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