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Corra riscos de forma estratégica (Caso Real)

A manutenção industrial pode ser surpreendente, e esta história comprova isso. Confira!

Este é mais um caso real de análise de vibração mecânica em equipamento industrial. Mas não é um caso qualquer!

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O corpo técnico de preditiva determinou que a “dor de cabeça” no equipamento TAG 78QX1 deveria iniciar quando o mesmo atingisse uma velocidade de vibração de 1,00 m/s². 

No mês de maio, o espectro demonstrou o primeiro indício de falha em rolamento, apresentando um pico discreto em uma frequência assíncrona, representando próximo a 10% do índice de “dor de cabeça”. 

Embora já houvesse um evento de falha no equipamento, era algo que ainda não chamava a atenção, sem recomendação para intervenção. Nos meses seguintes, o pico só aumentou de intensidade, mas ainda não chegando ao seu limite máximo definido para estudo mais apurado. 

Foi só em outubro do mesmo ano (5 meses após o primeiro registro), que o espectro apresentou um pico superior a 1 m/s². 

Neste momento era esperado a emissão de um relatório, recomendando intervenção preventiva no equipamento, para que este não chegasse ao estado de variar os seus parâmetros fundamentais, e portanto levando a indisponibilidade e consequente impacto na produção. 

Mas a equipe preditiva tinha engenharia. Não uma engenharia apática, mas uma engenharia estratégica, analítica, agressiva.

O analista alinhou com o planejador para mudar o planejamento da próxima análise de 30 para 15 dias, acompanhando com um menor período a evolução do estado vibracional do equipamento. 

Na análise seguinte, com o pico em crescente, a equipe ainda não recomendou intervenção, finalizando o mês 10 sem abertura de OS (Ordem de Serviço)

Foi só então no mês 11, analisando o espectro da imagem acima disponibilizado neste artigo, com várias harmônicas de falha no rolamento, efeito carpete causado por atrito metal-metal e índice de severidade 10x maior do que o crítico. 

Mas ainda com o equipamento estável, a equipe preditiva emitiu um laudo recomendando a intervenção no equipamento e substituição do rolamento danificado, com o prazo de até 30 dias para abertura e fechamento da OS. 

Repito: mesmo com o laudo apresentando rolamento em suas últimas horas de vida, o equipamento apresentava-se estável, e portanto com condições operacionais fundamentais dentro da normalidade. 

Ao final do ano, com a apresentação dos KPI´s pela preditiva, todos comemoraram o aumento de mark up de faturamento global, e vida que segue.

Comentário adicional: Esta é a essência da engenharia, tomar a decisão certa, na hora certa, baseando-se no cruzamento de informações confiáveis. Se for pra ser diferente, não contrate engenheiros.

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Sobre o autor

Bruno Vidal

Profissional com mais de 15 anos de experiência na área de manutenção, tendo prestado serviços para empresas como Refinaria Landulfo Alves, Continental Pneus, Heineken e Ambev.

CEO do IBRATEC, instituto de ensino dedicado à engenharia. Especialista em Engenharia da Confiabilidade, Especialista em Análise de Vibração Mecânica, Engenheiro, Técnico e Matemático.

Determinado em aumentar a confiabilidade e disponibilidade das máquinas através do conhecimento técnico, de uma política de gestão de custos precisa e da boa relação interpessoal entre a equipe.

Autor do Livro digital "Planejamento Industrial de Multinacionais" com 247 páginas totalmente técnicas, dedicadas a área de Planejamento de Manutenção Industrial.

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