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Manutenção 4.0: tendências para os próximos anos

A indústria vem passando por revoluções ao longo de sua história e, não muito recentemente, nos deparamos com um termo que passou a fazer parte do nosso linguajar: Indústria 4.0 ou quarta revolução industrial. Neste texto, trouxemos algumas reflexões e tendências aplicadas à manutenção 4.0. 

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Será que realmente entendemos o que é manutenção 4.0?

Antes de tudo, você já parou para pensar que a inovação e transformação digital se tratam muito mais de mindset (maneira de pensar) do que tecnologia?  

É claro que quando pensamos em conceitos como “computação em nuvem” e “Big data” logo vem em mente significados como armazenagem, tratamento e utilização de dados. 

Mas será que temos compreendido e nos adaptado adequadamente à manutenção 4.0? E mais: será que estamos prontos, enquanto gestores e técnicos de manutenção, para uma próxima revolução? 

Em um mundo onde o VUCA já deu lugar para o BANI, muito por conta da pandemia do Covid, será que em breve estaremos passando por uma quinta revolução industrial? 

Você pode estar pensando “Não é possível! Ainda nem deu tempo de nos adequarmos à quarta…” 

Verdade! Em seguida, trouxemos algumas tendências para refletirmos e nos prepararmos:

Quais são as tendências para os próximos anos?

Bom, como já dizia Leonardo Da Vinci, “a simplicidade é o mais alto grau de sofisticação”.

A resposta está aí!

É cada vez mais crescente a aplicação de uma manutenção “básica e bem feita” quando se visa a saúde e extensão da vida útil dos ativos.

Conceitos guardados no Sistema Toyota de Produção, já bem antigo mas sempre muito contemporâneo e, portanto, aplicável.

Dizem que a manutenção autônoma, por exemplo, cuidará de garantir condições mínimas de limpeza e lubrificação dos equipamentos.

Simples, né? Muito!

Aliás, é sempre o simples que faz a diferença.

BASIS, que nesse caso não é nada associado a TI, é a etimologia da palavra “básico”, ou seja, fundação e alicerce.

Não é possível construir um império tecnológico de suporte à manutenção 4.0 sem que antes sejam construídas bases sólidas, estudadas e difundidas por grandes nomes da gestão da manutenção ao longo dessas revoluções.

Portanto, quando me perguntam quais são as tendências para a manutenção nos próximos anos no contexto da indústria 4.0, eu respondo:

Reconhecer que talvez estejamos precisando fazer 0.4 antes de qualquer outra coisa.

  1. Revisitar nossos processos;
  2. Investir em pessoas;
  3. Ressignificar nossos valores;
  4. Entender qual a nossa missão;
  5. Trabalhar de forma mais colaborativa;
  6. Disseminar, cada vez mais, as boas práticas de comportamento seguro;
  7. Respeito ao meio ambiente.

Trata-se de fazer o simples. 

Aí sim, estaremos preparados para outros patamares de manutenção, em que todo o nosso arsenal tecnológico, 4.0, 5.0, 6.0…seja suficientemente capaz de garantir quebra zero e paz aos que vestem um uniforme.

Eu sou Rodrigo Lopes, Gestor de Pessoas em Processos de Manutenção e acredito que podemos pensar sim em mudança, mas não sem entender que devemos sempre ser a mudança que gostaríamos de ver no mundo.

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Sobre o autor

Rodrigo Lopes

Consultor na área de manutenção, com sólida experiência em gestão e implementação de novas tecnologias. Fortemente conectado com tecnologias de suporte à produtividade, governança e gestão da manutenção de forma geral. Engenheiro de Controle e Automação e pós graduado em Engenharia de Manutenção. Atualmente é Coordenador de PCM na Anglo American.

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